O TEPT NO SETEMBRO AMARELO

Por José Paulo Fiks

A tradicional campanha do SETEMBRO AMARELO está chegando. Tratar sobre o suicídio envolvendo a doença mental é sempre uma tarefa delicada, mas necessária.  Felizmente a cada ano essa empreitada ganha maior aceitação pelas populações, pelos veículos de comunicação e redes sociais.

É sempre importante lembrar e atualizar dados que envolvem estatísticas, mas especialmente a possibilidade de agirmos para diminuir os números dos casos de suicídio.

O transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) é um fator de risco bem estabelecido para pensamentos e comportamentos suicidas. Historicamente, as diretrizes para o tratamento do TEPT têm recomendado muito cuidado nas abordagens terapêuticas que envolvem a lembrança dos eventos traumáticos, sobretudo para pacientes com alto potencial para o suicídio.

Mas um estudo recente contribui para notícias promissoras. Segundo este trabalho publicado em abril deste ano [i] todos os tratamentos de eficácia comprovada para o TEPT, principalmente que articulam medicação com as diversas modalidades de psicoterapia contribuem para a diminuição tanto da ideação quanto para as tentativas de suicídio.

Assim é sempre importante lembrar: o TEPT exige um diagnóstico cuidadoso e da mesma forma um projeto terapêutico com medicamentos e psicoterapias para o respectivo caso.

[i] David, C. R., Shelby, N. B., Kelsi, F. R., Victoria, L. S., Lauren, M. S., Ryan, H., Erika, M. R., Philip, H., Natalie, M., & Noelle, B. S. (2022). Addressing co-occurring suicidal thoughts and behaviors and posttraumatic stress disorder in evidence-based psychotherapies for adults: A systematic review. Journal of Traumatic Stress, 35, 729– 745. https://doi.org/10.1002/jts.22774