Qual a diferença entre experiência estressante e traumática?

By 10 de julho de 2024 TEPT

Qual a diferença entre experiência estressante e traumática?

Por Andrea Feijó de Mello

Existem vários fatores que fazem com que uma experiência estressante se torne traumática, tanto individuais quanto relativas ao tipo de experiência. Por isso nem todas as pessoas que sofrem experiências estressantes adoecem.

Num interessante artigo de G. Richter-Levin e C. Sandi publicado na revista Translational Psychiatry em 2021, esta discussão leva em conta a vulnerabilidade versus a resiliência entre outros fatores.

A mesma experiência vivida por diferentes pessoas ao mesmo tempo pode ser traumática para uns e não para outros. A que for considerada traumática, a depender da vivência experiencial de cada indivíduo, é aquela que acaba levando a sintomas, com possível desenvolvimento do Transtorno de Estresse Pós Traumático.

Um estressor de grande intensidade e duração tem mais chance de causar dano. O fator surpresa é outro a ser considerado, se o indivíduo está mais preparado para o que está por vir ele pode modular com mais eficiência sua reação. O nível de controle sobre o que pode vir a ocorrer também conta para modular a reação e não a tornar traumática.

Fatores individuais como predisposição genética, ter sofrido eventos de vida estressantes durante a infância e adolescência e não ter um suporte social adequado também geram vulnerabilidade.

Assim o adoecimento é algo complexo que depende de inúmeros fatores, o quanto de eventos estressantes uma pessoa suporta vai depender para cada pessoa, assim a abordagem deve sempre ser individualizada no tratamento do Transtorno de Estresse Pós Traumático.

 

Fonte Imagem: RDNE Stock project no Pexels
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