SAÚDE MENTAL LGBTQIA+ NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

Por José Paulo Fiks

Um dos grandes tabus contemporâneos é a educação sexual para crianças e adolescentes.

Qual é a idade ideal para isto?

O que e como abordar?

Mais desafiador ainda é examinar o tema da diversidade sexual, especialmente a que já se manifesta ainda na infância.

Na mesa redonda apresentada no congresso Cérebro, Comportamento e Emoções na semana passada no Rio de Janeiro e moderada pelo Dr Jair Mari, os também psiquiatras Carmita Abdo, José Paulo Fiks e Andres Santos Jr. trouxeram um painel sobre este tema, articulando educação e sua representação na arte e na cultura.

Dra Carmita lembrou da responsabilidade dos profissionais de saúde mental “educarem os educadores” e para o uso de termos e achados científicos sem confundir reprodução sexual com erotismo, como a forma correta de comunicação.

Dr Fiks mostrou como a diversidade sexual na infância tem sido mostrada pela cultura há mais de 40 anos de forma clara, mas pouco debatida. Esta exibição ainda é muito criticada pelo viés religioso e político conservador, o que deixa crianças e adolescentes no escuro para uma questão real.

Dr Andres emocionou a plateia debruçando-se sobre filme e musical Billy Elliot, já assistido por mais de 20 milhões de pessoas. A peça apresenta de forma clara e divertida uma personagem criança com elementos “trans” com um contorno encantador e sublinhada pela música de Elton John. A cena, já antológica, traz a letra estimulando a liberdade de escolhas e o respeito pelo reconhecimento individual do desejo.

Sexualidade na infância e adolescência, especialmente a questão da diversidade sexual são temas obrigatórios para a educação, transmissão correta de conhecimentos, redução de estigma e situações de violência interpessoal, além da promoção de saúde mental e pertencimento!

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Fonte Imagem: Pessoal
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