SÍNDROME DE BURNOUT
A Síndrome de Burnout tem tido maior destaque com a pandemia da covid-19.
Exaustão avassaladora, insônia, irritação podem estar ligados diretamente a esta síndrome, descrita em 1970 como uma condição relacionada ao esgotamento profissional. Burnout pode ser traduzida grosso modo por “combustão completa”.
Trabalho remoto vigiado, temores pela insegurança do emprego, metas impossíveis, trabalho doméstico sem condições ideais e medo de contaminação têm sido os maiores desafios nesta época de pandemia. E um terreno de vulnerabilidade para o burnout.
O Burnout é um estado em que a pressão constante pelo trabalho se transforma em uma apresentação desadaptativa, em que tanto o biológico quanto o psicológico sofrem danos. No campo do trauma psíquico, situações de estresse prolongado também são estados propícios especialmente para o Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), depressão e transtornos de ansiedade. Um Burnout prolongado pode gerar uma ruptura traumática.
Os sintomas mais comuns da Síndrome de Burnout são:
- Impressão de cansaço constante, que não melhora com o repouso habitual.
- Irritabilidade
- Dificuldades com a concentração, memória e produtividade.
- Sono comprometido em tempo e qualidade.
- Desânimo e baixa autoestima.
- Elementos somáticos (dores, inapetência, bruxismo, disfunções intestinais, piora de comorbidades pré-existentes).
Quando procurar ajuda médica?
Se a percepção dos sintomas descritos acima acontece mesmo fora do ambiente de trabalho, não melhora com o período de férias e assume uma forma descontrolada e dominante é hora de procurar um especialista. A Síndrome de Burnout tem tratamento e sua detecção precoce pode evitar uma maior e perigosa sobrecarga para o organismo.
José Paulo Fiks.